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Nossos Flashcards

Todo mundo fala de flashcards hoje em dia, e com razão, o sistema revolucionou a forma de estudar. Hoje o preparatório que não tem flashcards no seu arsenal está definitivamente atrasado. Mas, afinal, o que são, como são feitos, e por que os flashcards funcionam?

Propriedades e um pouco de História

Os primeiros registros da criação do método datam do século XVII, sendo utilizados primariamente para o aprendizado de linguagem. O modo como era feito era rudimentar, mas funcional: um cartão físico em que na frente havia uma pergunta e no verso a resposta a ser lembrada - é daí que deriva a nomenclatura, card, decks, etc.

Sabendo isso, fica intuitivo que os flashcards possuem algumas propriedades intrínsecas, entre elas o efeito teste, memória de longo prazo e a repetição espaçada.

Efeito teste

Efeito teste é o ato de tentar recordar-se de algo ativamente. Ao ler um card, você precisa tentar lembrar da resposta, não tem alternativas lá “para você escolher a menos pior”.

Perceba que, para o efeito teste funcionar, a pergunta precisa ser muito bem elaborada, compreensível por si só, e mais, a resposta precisa ser curta e memorizável - ninguém quer cantar All too well inteira em cada flashcard, por mais Swiftie que seja.

Mais detalhes sobre o efeito teste e outros métodos de aprendizado podem ser lidos clicando aqui.

Memória de longo prazo

Você provavelmente já ouviu falar das curvas de esquecimento. A ideia de que uma informação precisa ser repetidamente acessada para que ela não caia no esquecimento. Um gráfico mais ou menos como esse abaixo:

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Sempre que você lê sobre isso, o nome do psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus está associado.

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E aqui vai uma fofoca do mundo nerd: não é total certeza que foi ele quem propôs essas curvas.

Alguns dizem que ele somente estudou a reaprendizagem, mas quem “inventou” a repetição espaçada foi Piotr Vozniak (vamos ver mais sobre ele abaixo). O problema: o principal defensor dessa ideia é o próprio Piotr Vozniak - Leia aqui. Difícil confiar.

Enfim, apesar das controversas, Ebbinghaus foi um dos primeiros a fazer da memória um campo de estudos. Para isso, ele utilizou sílabas aleatórias e testou o quanto conseguiria lembrar com base na quantidade de repetições.

“Isso torna provável a suposição de que, com qualquer número considerável de repetições, uma distribuição adequada delas ao longo de um período de tempo é decididamente mais vantajosa do que a concentração delas em um único momento.”

Palavras de Ebbinghaus.

Veja, é claro que quanto mais revisar, mais você lembrará. Mas como otimizar a revisão? Como decidir qual é o intervalo ideal para rever uma informação? A resposta está na repetição espaçada e os algoritmos.

Repetição espaçada

Repetição espaçada é onde as coisas começam a ficar interessantes. Veja, o que fazer se você não lembrou da resposta do flashcard? Ou se lembrou com dificuldade? Ou se claramente aquela resposta era muito óbvia? É preciso um sistema de classificação.

O sistema de Leitner

Em 1972, Sebastian Leitner, um jornalista e divulgador científico alemão, escreveu um livro chamado Como aprender a aprender: O caminho para o sucesso. No livro, Leitner propunha um sistema de classificação dos flashcards em 5 caixas (sim, ainda eram utilizados cards físicos). O flashcard começava na caixa 1, se o aluno lembrava da reposta, esse card ia para a caixa 2. Quando a caixa 2 enchia, o aluno revisava os cards daquela caixa, progredindo ou regredindo os cards entre as 5 caixas.

Perceba que, originalmente, o sistema de Leitner não dava um tempo específico para cada caixa, isso dependia do quanto demorava para elas encherem. E mais, todas os flashcards começavam na caixa 1, ela era mais como um modo de entrada no sistema.

Então agora nós vamos começar a estudar com milhares de flashcards em papel e levar as caixas para todos os lugares? Não, calma aí, 2025…

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Piotr Wozniak e o SuperMemo

Se você é do mundo nerd dos flashcards provavelmente já ouviu esses dois nomes. Piotr A. Woźniak foi um pesquisador polonês que desenvolveu em 1985 um dos primeiros softwares para a repetição espaçada. Dizem que a sua motivação foi a dificuldade em reter o material da graduação na Universidade de Tecnologia de Poznan, em Milanówek, Polônia.

A ideia é simples e serve de base para todos os softwares lançados após: você classifica o card de acordo com a dificuldade, o algoritmo calcula o tempo de revisão, e te mostra automaticamente aquele card novamente quando a data chega.

O algoritmo atual do SuperMemo é o SM-18, lançado em 2019.

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Interface do SuperMemo 18, para Windows.

FSRS

Os algoritmos do SuperMemo foram os melhores e os mais utilizados por muitos anos, inclusive pela Osler e o Anki (um software aberto para flashcards).

Porém, algoritmos são frequentemente objetos de estudo postos à prova, um contra o outro. É metodologia científica, ninguém sai dizendo que x é melhor que y sem evidência concreta.

A partir de 2025, ficou claro que o FSRS superou o SM, então, a Osler passou a utilizar esse algoritmo. Especificamente, hoje, usamos o FSRS-6, que possui um parâmetro otimizável que controla o “achatamento” da curva de esquecimento, o que significa que o formato da curva é diferente para cada usuário. Ou seja, em teoria, o algoritmo se adapta melhor ao usuário. Além disso, o algoritmo foi otimizado para os casos que você revisa o mesmo card várias vezes ao dia. Enfim, coisas de nerd…

Leia mais sobre o FSRS aqui.

Como é um flashcard hoje em dia?

Hoje, você consegue fazer flashcards na palma da sua mão. Sem precisar carregar baralhos físicos e caixas para todo canto.


A interface dos flashcards da Osler pode ser vista na imagem abaixo.

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Na esquerda, temos a pergunta. Você deve ler a pergunta, tentar lembrar da resposta e clicar no botão "Mostrar Resposta"

Na direita, temos a resposta. Você lê a resposta e classifica quanto à dificuldade que teve em lembrar. De acordo com isso, o algoritmo irá repetir a pergunta no intervalo mostrado.

A ideia é que informações mais difíceis de lembrar sejam revistas com mais frequência, e informações de fácil memorização, com menos frequência.

Mas por que assinar os flashcards da Osler?

Não é apenas quantidade, é qualidade

Atualmente, a Osler conta com mais de 65 mil flashcards, mas o número por si só não é um bom argumento. Facilmente você pede para o chat GPT fazer milhares de flashcards.

Os flashcards da Osler foram feitos manualmente, acrescentados, melhorados e modificados ano após ano. Refizemos todos os decks em 2025 para garantir que todos estavam com a metodologia adequada, garantindo que o aluno tivesse um conteúdo de primeira linha.

Temos dois tipos de flashcards. Flashcards do tipo cloze, em que apenas uma parte da pergunta é ocultada e você deve lembrar o que está oculto. E flashcards clássicos, do tipo pergunta-resposta. Abaixo, os dois exemplos:

Flashcards clássicos, tipo pergunta-resposta

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Flashcards do tipo Cloze.

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Vale reforçar, a metodologia aqui é de extrema importância. É isso que garantirá que você consiga responder um card em < 10 segundos e fazer centenas em minutos.

O melhor algoritmo

Para a revisão espaçada, usamos o FSRS-6. É o mesmo algoritmo que o Anki usa, e é o melhor.

Cuidado com quem quer especificar demais com “algoritmos para estudantes de medicina” ou “algoritmos que estudantes de Harvard usam”. Isso é papo de vendedor.

Algoritmos são estudados e comparados à luz da metodologia científica, você pode ler mais sobre o FSRS-6 nesse link.

A medicina precisa de boas referências

Desde o princípio, a referencia base para a produção de conteúdos na Osler é o UpToDate. É onde encontramos o que há de melhor em termos de qualidade de evidência na medicina e o benefício de usar é inquestionável.

Ainda, todos os temas são complementados com fontes nacionais (Ministério da Saúde, CONITEC, Diretrizes…) e Livros Clássicos nacionais e internacionais (Zugaib, William's, Harrison).

Isso garante que você tenha o melhor dos dois mundos: saiba o que existe de melhor na medicina, e entenda como é feito no Brasil. E não se engane, ambos são cobrados nas provas de residência médica.

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Já pensou em praticamente ler o UpToDate, segmentado e com revisão espaçada? Ou ainda, saber exatamente o que a Diretriz Brasileira de Hipertensão de 2025 traz sobre a classificação de hipertensão?

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Como você gostaria que seus avós fossem atendidos? Por alguém que domina o assunto ou quem faz cópia e cola de consulta no plantão?

Os Flashcards da Osler são feitos para quem quer ter segurança da informação no atendimento.

O aprendizado estimulado por curiosidade

A medicina seria muito melhor se estudássemos apenas por curiosidade. Isso inclusive afeta a nossa retenção do conteúdo.

É por isso que em todo flashcard da Osler, tentamos estimular a sua curiosidade. Seja através de anedotas históricas ou fatos curiosos.

Como no deck de Sarampo, em que fomos atrás dos primeiros manuscritos da descrição da doença para investigar a origem do nome.

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Não nos contentamos com pouco. Vamos a fundo nas pesquisas, trazemos os papers clássicos que deram origem aos capítulos de livros e frequentemente quebramos alguns paradigmas dentro da medicina.

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Toda a medicina, dividida em áreas, temas e subtemas

Na Osler, os decks de flashcards são agrupados em áreas, temas e subtemas. Ou seja, você não precisa estudar toda a cardilogia de uma vez. Pode escolher estudar apenas Insuficiência Cardíaca Descompensada.

Isso garante que você possa segmentar o conteúdo e estudar de forma prática e adaptada à sua rotina.

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Mais de um modo de estudo

Prefere ter contato com todo o conteúdo antes de responder os flashcards? Sem problemas, é só ativar o modo consulta.

Quer revisar todo o deck de Amenorreias antes da prova de GO? Basta ativar o modo Playground.

É pra valer? Para contar nas estatísticas? Então ative o modo Teste.

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Só na Osler você consegue personalizar os estudos do jeito que quiser. Adaptar ao que faz sentido para você.

Dificuldade em exames de Imagem? Veja nossos decks Multimídia.

Seja nas provas ou na prática médica, faz parte do dia a dia do médico analisar exames de imagem, lesões dermatológicas, achados neurológicos…

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Osler falava que “Ver pacientes sem ler livros é como navegar sem mapa, mas ler livros sem ver pacientes é a mesma coisa que não navegar.”

O multimídia da Osler tem o objetivo de te deixar o mais perto da prática possível. Você não escolhe o que chega no seu plantão, mas é uma escolha já ter visto aquilo antes.

Conteúdo High Yield

É uma pena que o aluno precise estudar E revisar tantos temas no ano de preparação para a residência médica.

O ideal é que o estudo fosse motivado por curiosidade, desejo genuíno em aprender, com calma. E não apenas para conseguir obter > 80% em uma prova.

Transformar o aluno de medicina em um fazedor de prova não é uma boa opção. Nem para ele, nem para a população.

Mas a Osler sabe jogar o jogo. Lançamos uma versão high yield dos decks.

High-yield (alto rendimento, em tradução literal) é um termo comum entre alunos americanos, que irão prestar o USMLE (i.e., a prova de acesso residência de lá, por assim dizer).

São fatos que tem altíssima chance de serem cobrados na prova, então tempo de estudo dedicado a eles seria de alto rendimento.

NÃO é “estudar o que mais cai”.

“Fibrilação atrial cai mais do que tumores ósseos, então vou estudar FA e não tumores ósseos.” Esse raciocínio tem alguma lógica, mas a gente NÃO se propõe a isso na Osler, até porque o que cai pouco ainda assim, no agregado, cai muito.

A ideia é: “o que mais cai de fibrilação atrial e de tumores ósseos, para eu agilizar a revisão?"

Para aprender sepse, lamento, você precisará de uns 170 flashcards. Para revisar sepse, você pode focar nos ~40 mais relevantes!

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Conclusão

Os flashcards da Osler são o ponto em que ciência, método e curiosidade se encontram. Não estamos surfando na moda dos flashcards, estamos na vanguarda do uso científico da técnica.

Cada card carrega o peso da referência utilizada, a lógica do melhor algoritmo e o cuidado de quem entende que aprender é muito mais do que memorizar.

Se você leu tudo até aqui, você não é o tipo de pessoa que precisa ser convencida a tomar uma decisão. Consegue ponderar e escolher o que é mais custo-efetivo.

Mas talvez você precise de um empurrão.

O cupom BIBLIOTHECA te dará o estímulo que falta. Vai lá, você sabe o que fazer.